Tag: Azul de Metileno

A endoscopia digestiva flexível, exame que consiste na visualização interna do aparelho digestivo, é usada para diagnósticos e terapia de algumas doenças. Através de um endoscópio flexível é possível visualizar todo o trato digestivo, e com o auxílio de algumas substâncias é possível identificar anomalias, lesões e algumas doenças.

Produtos utilizados na Endoscopia para diagnósticos em exames:

 

Teste de urease

 

É muito comum ouvirmos alguém dizer que está com gastrite; mas pouca gente sabe o que causa esta doença que incomoda tanta gente. Entre outras causas como o estresse, por exemplo, está a bactéria Helicobacter pylori (ou H Pylori), que pode ser transmitida até mesmo pela água. Uma forma muito prática de se identificar esta bactéria é através do endoscópio flexível, que guiará uma pinça de biópsia para coletar uma amostra da mucosa gástrica. Essa amostra é imersa num pequeno tubo do teste de urease (um produto à base de ureia), que de amarelo passa para a cor rosa se o resultado for positivo para a bactéria H Pylori (devido à hidrólise da ureia que forma amônia na presença da urease produzida pela bactéria), e permanecerá amarelo caso o resultado seja negativo.

 

A ProMedical trabalha com o teste da Renylab, o produto com maior estabilidade do mercado, com 100% de especificidade e 98% de sensibilidade. O resultado é dado de 2 a 60 minutos após a inserção da amostra no produto. Esse tempo vai depender do nível de virulência; ou seja, no caso de alta virulência a virada da cor se dará mais rapidamente. Este teste tem 12 meses de validade a partir da
data de fabricação e deve ser mantido sob refrigeração de 2º a 8ºC, porém tem uma estabilidade de 15 dias sob altas temperaturas; período que é usado para transporte do produto, de forma que despensa a necessidade de gelo, proporcionando uma carga mais leve e com isso um frete mais barato. É muito importante que o produto seja imediatamente refrigerado após a sua aquisição e que a temperatura seja monitorada diariamente pelo responsável técnico da instituição de saúde.

 

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Corantes

 

Na linha de diagnóstico temos também os corantes, que são usados na detecção de lesões causadas por doenças bacterianas ou até tumores. Eles facilitam a visualização de regiões alteradas e com isso auxiliam no diagnóstico do paciente. O endoscópio também é usado para a aplicação destes corantes, que passam por seu canal de biópsia através de um injetor específico. Cada corante, devido às suas características, tem um efeito diferente em contato com as células das áreas afetadas, daí cada é indicado para determinada finalidade.

 

 

Dentre os corantes mais utilizados na área da endoscopia podemos citar os seguintes:

• Azul de Metileno
• Lugol
• Indigo Carmim
• Ácido Acético
• Nanquim.

Falaremos um pouco de cada um deles:

 

Corante Lugol para diagnóstico

 

Usado em soluções de 2% a 3%, composto de iodo + iodeto de potássio. Ele “colore” as células normais, enquanto as células alteradas (da área lesionada) têm sua coloração pouco ou nada alterada. Ao identificar uma área que recebeu o corante e não teve um nível determinado de coloração, o médico pode diagnosticar o paciente com uma ou outra doença.

Entre outras doenças, o Lugol é muito utilizado para diagnóstico de megaesôfago (dilatação e perda de movimentação do esôfago, que causa a incapacidade de engolir o alimento) e estenose cáustica (estreitamento do esôfago provocado por ingestão de soda cáustica).

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Corante Azul de metileno para diagnóstico

 

Em soluções a 0,5%: é mais usado em colonoscopia. Ele é absorvido pelas células epiteliais do intestino delgado e cólon. Antes da sua aplicação é necessário o uso de um mucolítico (que torna o muco menos viscoso, e assim ele seja mais facilmente eliminado pelo organismo). O resultado é considerado positivo se a parte da lesão permanecer corada após a lavagem com água destilada. O Azul de Metileno é absorvido pelo organismo em 24 horas.

 

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Corante Indigo Carmin para diagnóstico

 

Solução a 0,5%: composto por um corante vegetal índigo e um agente vermelho carmim.
É um corante muito comumente usado na avaliação da doença celíaca (doença autoimune, provocada pela intolerância ao glúten) de realce não absorvível pela mucosa, o que permite que os contornos fiquem destacados e com isso a topografia da mucosa fique salientada.

 

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Corante Nanquim para diagnóstico

 

solução a 10%: Tinta à base de carvão ativado; não é usado especificamente para diagnóstico, mas para tatuar e marcar pequenas e múltiplas lesões da mucosa para uma cirurgia. Usada quando o médico endoscopista vai passar o paciente para o cirurgião, por exemplo; ele demarca o local a ser tratado pelo outro profissional, em um outro procedimento. O produto ficará no organismo por até 10 anos, não há contra-indicações.

 

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Ácido acético para diagnóstico

 

Usado em solução a 2%: principal componente do vinagre obtido principalmente pela oxidação do
etanol do vinho é um agente mucolítico (como já dito acima, é aquele eu tem a capacidade de tornar o muco menos viscoso, e assim ser facilmente eliminado pelo organismo). Ele não é propriamente um corante, pois o que ele faz é tornar a mucosa mais opaca, e assim dando maior contraste ao seu relevo, evidenciando sua forma. É muito usado no diagnóstico de Esôfago de Barret.

 

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